CAÑON COLCA
Primeira viagem pós Cusco, não preciso nem dizer que estava com expectativa zero. Mas de fato, as melhores surpresas surgem do nada. Que viagem! Que paisagem! Que grupo!
Fomos em um grupo de 34 pessoas, todos intercambistas ou hosts dos intercambistas. Leia-se: a grande maioria brasileiros. Só podia dar boa. Fechamos duas vans e um hostel.
O caminho aqui de Arequipa até Chivay, um dos povoados no caminho do cânion, é simplesmente deslumbrante. Nunca vi nada parecido. Uma natureza totalmente diferente do que estamos acostumados no Brasil: deserto, rochas, montanhas e vulcões ao fundo. Sem palavras.
Cada mirante que parávamos me passava uma nova mensagem, me mostrava algo novo e, alegremente, me surpreendia em cada detalhe. Peru, um país de mistérios e paisagens.
No caminho era possível ver que algumas "pilhas" de pedras. Inúmeras. Pedrinha por pedrinha se equilibrando, uma na outra, resistindo ao vento incessante. Olhei aquelas pilhas de pedrinha encantada, sem entender. A forma como estavam ali, no meio do nada, aguçava minha curiosidade. No final, descobri que essas pilhas eram, há anos, feitas pelas pessoas que ali passavam como uma tradição para trazer prosperidade e segurança às suas vidas. Nesse instante, as pedrinhas - que já são interessantes mesmo desconhecendo seu significado- passaram a refletir uma longa história, de famílias e viajantes esperançosos que por alí caminharam e deixaram seu legado de esperança, desejo de que as coisas passassem a ser, ainda mais, positivas. Mais uma vez o Peru me abraçou de energia boa e eu saí sorrindo, sem entender porquê.
Pela janela do ônibus, lhamas, vicuñas, alpacas... E os vulcões!
Chegando em Chivay, fomos às Águas Termales. Um espaço super legal com piscinas naturais de água naturalmente quente. Bem bonito até para mim, que não entrei nas piscinas.
De noite, botamos o povoado pra festar. Não tem como ser chato com essa galera daqui, de verdade. Me diverti muito.
No domingo, 5h todos a caminho do Cânion pra vermos o famoso vôo do Condor. O Cânion é irado. Outra visão que nunca tinha tido na vida. O condor apareceu algumas vezes, rapidamente; o suficiente pra mostrr sua beleza e grandiosidade. Um pássaro místico e com grande significado para a comunidade inca. Interessantíssimo.
Caminho de volta; aquele gostinho de quero mais que ficou forte até a semana seguinte, quando viajamos de novo.